quarta-feira, 26 de agosto de 2009

...triste


Estou triste hoje. Estou triste há dias. Estou triste desde que percebi que alguns sonhos, alguns planos, simplesmente escorreram pelas minhas maõs como se fosse água. É doloroso ver as coisas que construímos se desmoronar com uma simples tempestade. Que paradoxo. Tempestade nunca é simples, sempre deixa estragos, ás vezes irrecuperáveis. As relações também são assim. Uma vez perdido o encanto, a magia, dificilmente se recupera. É como a confiança: quando se perde, nunca mais ela volta a ser a mesma. A gente sempre tem a ilusão de que tudo pode ser como era antes. Ah, doce ilusão! As coisas não funcionam assim, nem as pessoas. O tempo está passando e eu vejo que em vez de alicerces fortes, construí uma cabana, que pode desaparecer no primeiro vendaval. As coisas que sonhei, jamais vão se realizar. As pessoas que escolhi pra fazer parte da minha vida, pra dividir, pra somar, pra multiplicar, estão indo embora. Assim, como quem vai na esquina comprar cigarros e nunca mais volta. Essa sensação de perda, causa um vazio muito grande e uma angústia maior ainda. Acho que não sou uma boa perdedora, sofro demais quando não consigo as coisas que eu sonhara, que eu desejara e que eu lutara tanto para conseguir. Dói demais, ver alguém ir embora. Dói demais abrir mão de ser feliz. Mas ás vezes, a felicidade de um não é a felicidade de outro. E se não entendermos isso estamos sendo egoístas. Só que o amor, aquele que dizemos ser incondicional, quer ver os outros felizes, mesmo que seja longe de nós. Mas é duro, não termos mais a presença, não termos mais o sorriso, o carinho, a palavra amiga, o beijo…é duro saber que um dia as coisas foram perfeitas e de repente, acaba tudo. Mas eu já tenho 30 anos, sei que não dá pra se iludir com coisas que sabemos não ter mais conserto. Tentar, tentar e tentar, realmente não custa nada, talvez um sofrimentozinho a mais e só. Ás vezes, vale a pena, outras vezes é em vão. Como eu acho que é agora. Serão tentativas frustradas de deixar perfeito um vaso que se quebrou em pedacinhos. Podemos até ter a paciência de colar caco por caco, mas lá no fundo, temos a certeza de que jamais voltará a ser a mesma coisa. Pois a magia da perfeição, nunca será recuperada. Preciso terminar esse texto, pois aquele nó na garganta que me acompanha desde que meu coração se machucou, insiste em permanecer aqui, me angustiando cada vez mais. Um beijo!